Mortality and Cardiovascular Disease in Type 1 and Type 2 Diabetes.
Rawshani A1, Rawshani A1, Franzén S1, Eliasson B1, Svensson AM1, Miftaraj M1, McGuire DK1, Sattar N1, Rosengren A1, Gudbjörnsdottir S1.
O estudo analisou a incidência da mortalidade por todas as causas, por doenças cardiovasculares, por doenças coronarianas e a incidência das hospitalizações por doenças cardiovasculares, IAM, AVC e insuficiência cardíaca na população diabética e na população geral não diabética da Suécia, entre 1998 e 2013. Os pacientes diabéticos tipo 1 foram pareados com 5 controles da população geral não diabética e os diabéticos tipo 2 foram pareados com 1 controle da população geral não diabética.
Material Complementar
POWER POINTApós 15 anos de acompanhamento, houve redução da incidência de todos os eventos analisados no paciente com DM1. Porém, em relação aos eventos fatais, não houve diferença estatística em relação à redução dos eventos na população geral. Já nos eventos não fatais, houve redução maior nos pacientes com DM1 do que na população geral.
Nos pacientes com DM2 também houve redução da incidência de eventos fatais e não fatais, mas tal redução foi superior na população geral do que nos diabéticos tipo 2 quando se avaliou morte por qualquer causa, por causa cardiovascular ou coronariana. Assim como os diabéticos tipo 1, houve redução da incidência de eventos não fatais mais importante no grupo com DM2 do que na população geral.
Então, apesar do aumento da incidência de diabetes, é notória a redução de incidência de morte e eventos cardiovasculares ao longo dos anos nos pacientes diabéticos, possivelmente relacionada à intensificação do controle glicêmico, melhor controle de fatores de risco, como hipertensão, dislipidemia, melhor acesso à saúde, acompanhamento multidisciplinar, entre outros.
Tal resultado pode ter sido melhor nos pacientes com DM1 uma vez que a redução da incidência de eventos fatais foi semelhante ao da população geral, enquanto que nos diabéticos tipo 2 tal redução foi menor do que na população geral.
Deve-se considerar também que a população sueca analisada apresentava, no início do acompanhamento, características não comuns à população Brasileira, por exemplo. Os diabéticos suecos tinham, em sua maioria, tempo de doença menor, controle com hemoglobina glicada melhor, LDL pouco alterado, ausência de nefropatia, bom controle pressórico, o que poderia contribuir para redução mais significativa da incidência dos eventos pesquisados.