A terapia com ezetimiba-sinvastatina reduz os riscos recorrentes de acidente vascular cerebral isquêmico em pacientes diabéticos tipo 2

Ezetimibe-Simvastatin Therapy Reduce Recurrent Ischemic Stroke Risks in Type 2 Diabetic Patients

Chi-Hung Liu, Tien-Hsing Chen, Ming-Shyan Lin, Ming-Jui Hung, Chang-Ming Chung, Wen-Jin Cherng, Tsong-Hai Lee, Yu-Sheng Lin.

Foi realizado um estudo observacional retrospectivo utilizando a base de dados de saúde do Taiwan entre Maio de 2009 e Dezembro de 2011.

Os pacientes cadastrados na base de dados pelo CID-9 como portadores de DM2 e que apresentaram nesse período um evento cerebral isquêmico índice eram selecionados. Após o evento índice os pacientes eram tratados com base em guidelines de tratamento lipídico com objetivo de atingir LDL<100 com Ezetimibe 10mg associado a sinvastatina 20mg ou Sinvastatina 20mg ou Atorvastina 40mg.

O objetivo era avaliar como desfecho primário a ocorrência de AVC isquêmico, IAM e morte por qualquer causa. Também foram analisados, como desfechos compostos, morte por causa cardiovascular, AVC hemorrágico, IAM, AVC isquêmico. Como desfechos secundários, estavam rabdomiólise, AVE hemorrágico, insuficiência cardíaca e neoplasias malignas.
Os pacientes que receberam apenas sinvastatina apresentaram maior ocorrência de AVC isquêmico e desfechos compostos do que os pacientes com tratamento com atorvastatina e ezetimibe associado à sinvastatina.

A incidência de AVC isquêmico e desfechos compostos foi similar entre o grupo que recebeu atorvastatina e o grupo que fez uso de ezetimibe associado à sinvastatina.
Em relação aos desfechos secundários, não houve diferença entre os três grupos de tratamento.

Então, o estudo sugere que o ezetimibe associado à sinvastina seria uma estratégia satisfatória, não inferior à atorvastatina na prevenção secundária de AVC isquêmico em pacientes com DM2, sem aumentar o risco de efeitos colaterais como AVE hemorrágico e rabdomiólise.

Porém, a análise deve ser cautelosa, visto que há limitações quanto ao tamanho da amostra, tempo de seguimento e perfil observacional do estudo.

J Clin Endocrinol Metab. 2016 Aug;101(8):2994-3001. doi: 10.1210/jc.2016-1831. Epub 2016 Jun 6.